21 dezembro 2007

Passaram 19 anos...

...quase sem dar por isso. Tinha 13 anos quando o conheci, e desde logo, fui considerada como uma irmã. E quase instantâneamente também ele foi "adoptado" como mais um da familia, por todos nós. A minha mãe, conserva ainda uma fotografia oferecida por ele naquela altura, na carteira, no meio das duas outras filhas, as biológicas.

Entretanto a vida deu voltas, destinos trocados, e ele acabou longe de todos nós, na Suiça. A ultima vez que estivémos juntos foi há ano e meio atrás, como quase sempre, no Algarve, durante as férias de Verão, e é tão bom ver como tudo se manteve igual, depois destes anos todos. Bem... aconteceram muitas coisas, e houve algumas mudanças. Kilos a mais e a menos, mais ou menos cabelos brancos, gente nova na família, mas o carinho e a amizade que sempre nos uniu, essas mantém-se de pedra e cal.

Anteontem recebi um telefonema:
-Estou a sair agora da Suiça, e amanhã estou em tua casa. Quero que conheças a minha filha!
Felicidade, ansiedade, e ontem às 18h30m chegaram bem. Foi uma noite muito agradável, onde recordámos os tempos de antigamente, as férias passadas juntos, as passagens de ano, os Natais... Senti-me voltar um bom par de anos atrás no tempo. E foi óptimo ver os nossos filhos juntos...

Se tudo correr como planeámos, ainda nos voltaremos a ver, ainda estas férias, antes de ele voltar à Suiça. Até lá meu irmão...

18 dezembro 2007

Cumplicidades III

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Cumplicidades II

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Cumplicidades


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Festa de Natal

Mais um ano, novo mês de Dezembro e mais uma festa de Natal. Foi no domingo passado.
Uma vez mais a Maria brilhou (pelo menos para nós).

A actuação do ballet, foi pequenina, uma vez que só há 3 meses começou, mas ela lá entrou em palco, compenetradíssima, sem tirar os olhos da professora, para se certificar que não esquecia nada. Foi lindo, vê-la a dar aqueles passinhos pequeninos, em biquinhos de pés...

Depois foi a vez do João, cantar a musiquita da Sopa no número da Sala II, em que teimavam em lhe colocar um chapéu de cozinheiro na cabeça, que rapidamente ele atirava para o chão. Enfim, sempre muito apresentável. Qual chapéu qual quê...

E de novo veio a Maria a palco. Desta vez para uma dança folclórica, onde não faltou a indumentária apropriada. Duas saias rodadas, blusinha branca, e o respectivo lenço na cabeça. Faltou a rodilha, que eu :( deixei ficar em casa...

Depois foi a vez da avó Mimi, que também não quis deixar de participar na festa, e prontamente se voluntariou quando foi pedido que uma avó cantasse uma cantiga de Natal, enquanto preparavam o próximo número.

Falta só dizr que tudo isto ficou registado pelo papá, na máquina de filmar, mas... como ficou muito longe (principalmente no numero do ballet) a respectiva gravação ficou "ligeiramente" tremida e desfocada... Mas tudo bem papá, conta a intenção...;)

Só uma pergunta...

-Mamã, quando eu crescer já posso bater no João?

13 dezembro 2007

Fora de Horas

Uma vez mais, a escrita é feita fora de horas, quando todos já dormem menos eu... Mas também para já o sono também não é muito. Desejo que este ano passe depressa. Demasiadas coisas menos boas aconteceram, tanto a nós directamente como a pessoas muito queridas e chegadas.

A última foi esta madrugada. A sogra da minha irmã, não conseguiu resisitir a uma infecção que invadiu um corpo debilitado pelas inumeras transfusões de sangue que vinha sofrendo nos ultimos meses. E pensar que tinha desmarcado a hora na cabeleireira para mais tarde, para assim ter tempo de ir comprar uas prendinhas e o bacalhau para o Natal... Irónica a vida, como de repente nos corta e nos leva tudo, e tudo deixa de ter sentido...

Sem querer, vem-me á ideia o meu pai, os seus ultimos dias, e fico triste pois não consigo lembrar-me do último Natal que passei com ele... Não consigo....Por muito que o tempo passe tenho saudades e sinto tanta falta dele... Mas a vida lá segue, sem esperas de curas de dores que se curam em silêncio e internamente... E assim há-de continuar.


Amanhã irei acordar cedo, e ao invés do habitual, irei a caminho do aeroporto para buscar a minha irmã e o meu cunhado, não feliz, porque vêem passar mais um um Natal connosco, mas triste por uma viagem que tiveram que antecipar uma semana, por tão triste desfecho, e ao meu cunhado irei dizer-lhe o quanto percebo a angústia de não ter estado com a sua mãe nos últimos momentos, como as suas irmãs estiveram, acompanhando-a e apoiando-a no hospital, pois tal como ele, também eu não estive com o meu pai, que partiu sozinho e sem ninguém numa cama de hospital.


Da D. Fernanda muitas saudades irei ter, dos cafezinhos a meio da manhã, das nossas conversas, das suas piadas e das suas observações. Fica a admiração pela mulher e mãe que foi, sempre tentando que houvesse paz, harmonia e amizade na família, e pelos tempos que forçosamente teve que se afastar dos filhos, para lá fora, numa vida de emigrante, de muito trabalho, um dia mais tarde, nada lhes faltasse. Eu não me consigo nem imaginar assim, longe dos meus meninos, por isso penso o quanto deve ter sofrido nessa altura.

Fique bem D. Fernanda, descanse agora em paz, que nós nunca a esqueceremos...

06 dezembro 2007

Pinheiro de Natal

O nosso pinheiro de Natal este ano, é do tipo interactivo dinâmico.
Passo a explicar: com
uma filha, que desde o momento que chega a casa, até que se deita, não faz quase mais nada do que mudar tudo de sítio de um lado para o outro, desde que foi enfeitada, a nossa árvore ainda não se manteve intacta um único dia.

P. S. Se eu me lembrar de comprar, ou de utilizar as luzes com musica para o próximo ano, internem-me primeiro pois não há pachorra para a musiquita tanto tempo. É que a Maria já sabe tão bem onde aquilo se liga...
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Natal

É claro que por esta altura, já temos a casa mais ou menos engalanada para esta época que tanto gosto. O evento da Árvore de Natal estava previsto para o próximo fim de semana, mas uma vez que a Maria andava tão entusiasmada com os enfeites de Natal que já abundavam no infantário, enfeitámos a casa na passada sexta feira, pois o papá ia para fora no fim de semana.

Desse dia, as palavras que mais recordo, eram da Maria que não parava de dizer:
-Olha, que lindo! Olha João, estas bolas tão lindas...Olha, que anjinhos tão lindos...

E a maior sensação foi quando abri a caixa do presépio... Ficaram os dois encantados.
-Olha João, olha a vaquinha! Olha o burrinho...
Enfim um encanto.
Se até eu me encantei por este presépio tão simples, mas que achei tão amoroso...

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29 novembro 2007

Força amiga!


Sei que estes ultimos tempos não têm sido nada fáceis de suportar, quanto mais enfrentar, e cada vez que tudo parece acalmar, mais um azar bate à porta. Desta vez foi a partida da tua avó, mas... pensa que pode ter sido o melhor para ela. Como tu mesma me disses-te, custa muito vê-los sofrer, e também sei o que sentias...

Continua com essa força, ainda que só aparente, pois infelizmente, nesta vida ainda há gente que quando nos vê para baixo, ainda nos consegue levar mais ao fundo. Mas não deixes! Aguenta firme, que atrás da tempestade vem a bonança, e o teu raiozinho de Sol, ainda vai brilhar muito forte! Pensa nisso com muita força ( e muita fé também, apesar de tudo...) por ti e pela Filipa!

Um beijo muito grande amiga, e sabes que podes contar comigo.

De volta à água!

Pois é! A febre desapareceu, a tosse acalmou, e depois da balda da semana passada, o João voltou às aulas de natação, depois de uma ausência de quase 2 meses (que entretanto foram pagos!).

A birra começou logo nos balneários, quando não queria sequer despir-se. Assim que entrámos na água, a disposição começou a mudar, no entanto... Não me largava o colo. Parecia um autêntico carrapato, agarrado a mim. Depois, aos pouquinhos lá se começou a descontrair e com a desculpa da brincadeira com uma bola, lá se começou a desprender mais... Até mergulho houve já quase no final da aula e tudo...

É claro que eu nestes dias chego ao fim do dia completamente cansada, pois, levantei-me às 6 e meia da manhã, ás 9 horas estava na Maia, voltei, mais uma troca de carro, mais uma viagem ao infantário para os apanhar, mais uma ida a correr para a piscina, vestir a Maria, assistir à aula dela, com o João sempre a querer colo, depois vestir a Maria, despir o João, vestir-me a mim, ir com ele para a água, sair, vesti-lo, vir para casa, dar banho aos dois (infelizmente a piscina que frequentamos não tem condições para bebés), jantar (hoje comida de take away, pois não me sentia capaz, nem com tempo para cozinhar, de modo a fazê-lo a horas decentes), arrumar a cozinha, brincar com eles um pouco, ler-lhes uma história antes de dormir... e são onze horas da noite. Daqui para a frente até não sei que horas, tenho uma aula para preparar!

Sonhos lindo...Adeus e até amanhã!

28 novembro 2007

Nem a propósito!

A manhã de ontem foi passada na Loja do Cidadão, pois agora, algum iluminado(a) lembrou-se de que as criancinhas, tinham que ter um Número de Beneficiário próprio, e lá fui eu para a dita loja, fazer:
- primeiro o registo nas Finanças, para obter o respectivo Número de Contribuinte
- de seguida, ala para a Segurança Social, fazer a mesma coisa, para "tirar" então o Número de Beneficiário, exigido no infantário dos meus filhos.

Dada a quantidade de pessoas que estavam à espera de ser atendidos, passei à vontade uma meia-hora sentada, á espera de ser atendida. Isto depois de ter ido tomar um cafézinho na Pasteleria do lado, e de ter ido ainda a outros dois balcões pedir informações... No total, demorei à vontade 45 minutos a ser atendida, mas, durante o tempo que lá estive sentada, estavam ao meu lado, duas senhoras, que pela conversa falavam de uma amiga comum. Então uma delas, contava á outra que tinha ido comer (não consegui perceber se almoçar, lanchar ou jantar) a casa dessa amiga em comum. Dizia então a senhora de que a amiga, lhes tinha posto uma mesa farta, onde não faltava nada, e que até estava tudo muito bom. "Olha, enfim, só para se armar em rica..." - Concluiu ela à amiga.

Parva fiquei eu com esta ultima frase! Então não é suposto, quando recebemos alguém, fazer os possíveis para que nada falte aos convidados, e que tudo esteja o melhor possível? Como é possível de que se visite alguém, só para ver o que a pessoa tem, ou o que a pessoa faz, e vir dizer semelhante coisa?

Desde que me conheço como gente, lembro-me que cada vez que tínhamos visitas lá em casa, de pernoitar algum fim de semana ou mais dias, os meus pais inclusivamente cediam o seu próprio quarto aos convidados, mudando-se eles de mala e cúia, para a sala e o respectivo sofá (não, não havia quarto de hóspedes...). E claro, que faziam para que nada faltasse, de modo a tornar a visita ou estadia o mais agradável possível. Podíamos nessa altura ter em casa coisas que normalmente no dia-a-dia não teríamos, mas nunca para "nos armarmos" em ricos...

Baralhadinha da cabeça foi como fiquei, e confesso que até um pouco surpreendida pois nunca me tinha passado pela cabeça semelhante coisa.

Conclusão: Dada a quantidade de visitas que temos tido ultimamente e, para evitar situações destas, meus amigos(as) preparem-se, pois cá em casa, a partir de agora só vai ser servida a bela sandes de courato, com a respectiva cervejinha. Uma mini, claro está!

22 novembro 2007

Baldámo-nos

Ontem à tarde decidi não levar os meninos à natação. Saí da Maia eram 15h45m. Fazer a viagem de regresso, passar em casa para apanhar o saco, ir à fábrica trocar o carro (onde estavam as cadeirinhas, pois o Ivo foi levá-los de manhã), e chegar ao infantário. Tarefa impossível de realizar numa hora, e a prova está na minha hora de chegada: 17h20 minutos. Pois... a aula da Maria teria começado há 5 minutos atrás. Então resolvi ser um pouco egoísta e ficar com os meus meninos só para mim (e o pai claro), num dos poucos dias que fico em casa á noite e não tenho que ir para a Universidade. Soube-me pela vida. Fomos comprar o DVD das princesas bailarinas (a Maria morria se não fôssemos) e fomos os três para casa. Que bem que me soube estar com eles, dar-lhes banhinho, fazer o jantar, e quando o papá chegou, juntámo-nos todos à mesa e... comemos.

Parece um pouco tonto, ficar tão contente com uma coisa que, para a maioria das pessoas é apenas a rotina do dia-a-dia, mas como para mim não é, adoro estes dias em que não vou dar aulas e posso ser eu a tratar dos meus meninos. É claro que sou eu que os deito todos os dias, mas as horas que antecedem não são passadas comigo, mas sim com o pai e com os avós.
Quem sabe um dia eu consigo deixar as aulas do pós-laboral...

Cabeleireira

Na semana passada combinei, com a minha vizinha, uma jantarada lá em casa. Não que eu goste muito de grandes confianças e andar sempre em casa umas das outras, mas eles são tão simpáticos, que achei que seria engraçado de vez em quando encontrarmo-nos assim, até porque eles também têm filhos (3 filhos lindos) e acho que é importante proporcionar aos miudos contacto com os vizinhos para que eles possam brincar e conviver com eles.
Então a coisa deu-se no sábado passado e, de facto foi uma noite bastante agradável, onde contámos montes de histórias antigas de cada um e de certa forma para nós, foi um reviver o passado, os "bons velhos tempos". E serviu também para que nos conhecêssemos melhor, uma vez que não nos conhecíamos, até à data em que começámos a construção da casa.

Mas voltando ao assunto referido no título, quando os nossos vizinhos chegaram, eu lá andava de volta da mutilação de umas folhas de alface, o João e o Ivo estavam ali na sala, e faltava a Maria, que pensava eu, estava no quarto dos brinquedos. Chamei, chamei, chamei, e...nada. "Só pode estar a fazer asneiras" pensei eu... E fui pelo corredor fora, com o saco das cenouras na mão (tinha-o acabado de tirar do frigorífico) e vou dar com a senhora, na casa de banho do nosso quarto, em frente da sanita, de tesoura em punho a cortar o seu próprio cabelo!

Fiquei em estado de choque! Não pelo estrago feito à própria figura (tinha cortado só 3 mechas de cabelo, que nem se nota) mas pelo que poderia ter acontecido se em vez de cortar cabelo, tivesse cortado outra coisa qualquer... Só lhe perguntei: "Que estás a fazer Maria?", e ela diz-me logo, com a voz mais meiguinha do Mundo: "Desculpa mamã..."
Seguiu-se o sermão, com o que poderia ter acontecido, blá, blá, blá... e ela percebeu.

O episódio terminou com o Ivo, ao pé de nós, a olhar para o saco as cenouras em cima do autoclismo e a perguntar: "O que é que isto está aqui a fazer?"

Actualizando...

Tá difícil... As tarefas e os afazeres continuam a ser mais que muitos. Já há muito tempo que todos os dias à noite, me lembro que mais uma vez não consegui realizar tudo o que tinha programado, incluindo o registo das novidades cá no estaminé!

A Maria cada vez nos faz sentir mais orgulhosos da filha que temos. Anda sempre muito bem disposta, conversa connosco de tal forma que às vezes é difícil cair na realidade de que ela apenas está prestes a completar 4 anos de vida. Não que eu goste muito de crianças que são adultas demais, ou demasiado avançadas para a idade que realmente têm, mas a Maria é diferente. Dentro daquele corpinho pequenino, existem muitas atitudes e muitos comportamentos perfeitamente adequados aos seus quase 4 anos, no entanto, a sua forma de se expressar, a sua perspicácia e a sua capacidade de adaptação e de "desenrrascanço" é que nos deixam muitas vezes de boca aberta. São várias as ocasiões em que eu me ponho a observá-la e admiro a forma como brinca, como trata o irmão, como inventa tão bem histórias que conta a olhar para os livros, como que se o que ela está a dizer, estivesse realmente escrito naquelas folhas que tem diante dela... No infantário, a festa de Natal está á a ser preparada, e além dos constantes elogios da professora de ballet, acerca da capacidade que ela tem para dançar, desta vez foi a educadora que fez essa observação. Pode ser que ela queira continuar, e quem sabe, não vai ser uma grande bailarina?

O João, finalmente foi liberado das febres constantes que o perseguiram durante quase um mês inteiro. Nestes últimos dias, parece que se isola um pouco nas brincadeiras no infantário. Reflexo de no outro dia ter sido "atacado" por um outro menino que lhe ferrou os dedos e as unhas nas bochechas, deixando-lhe lá as respectivas marcas? Talvez... Vamos deixar passar mais um tempo para ver como se comporta. Em casa continua brincalhão, bem disposto, mimalho, e sempre a empurrar o bendito carrinho de chá da Maria. Passa horas com aquele carro, a correr a casa toda, e assim que me perde de vista, não descansa enquanto não descobre onde páro. Quanto à questão da fala, temos notado que parece que quer começar a dizer mais alguma coisa, mas tem vergonha. Quando lhe pedimos para repetir, começa a rir-se e faz uma careta, como que a esconder a cara. Está um fôfo, é o que é!

12 novembro 2007

Parabéns Mamã!

Assim que me levantei, foi a primeira coisa que fiz. Telefonar a dar e cantar os parabéns à melhor mamã que há (perdoem-me as demais mamãs, mas esta é a minha!)
Já uma vez
aqui falei da minha mãe. E sinto-me muito feliz por a minha mãe ser assim. Esta mulher guerreira, corajosa, que nunca baixou os braços e foi sempre à luta, com as armas que tinha e que não tinha, para conseguir levar o seu barco a bom porto. E esse bom porto tinha como principal objectivo dar-me a mim e à minha irmã, uma oportunidade que ela nunca teve. Tirar um curso superior! Contra uma série de revesses da vida, ela lá continuou, sempre a trabalhar, a privar-se de muita coisa para ela, a gerir sozinha duas casas comerciais, pois o dinheiro tinha que aparecer de algum lado, e não era fácil ter duas filhas em simultâneo na Universidade (uma em Lisboa e outra no Porto), e uma delas numa Universidade Particular.
É uma teimosa esta mulher, é o que é!!
Ainda hoje assim é, e por isso, lá continua com os estudos dela, para agora, aos 60 anos (desculpa a inconfidência mamã, mas continuas linda como aos 30), concretizar um sonho que o meu avô não deixou que se concretizasse. De maneira que depois de concluir o 9º ano, lá segue de vento em popa, para concluir o 12º.

Gosto muito da minha mãe e tenho muita pena de estar tão longe dela e que ela esteja tão longe dos meus filhos, mas a vida é assim mesmo, e a minha vida estruturou-se aqui...Não tenho como mudar isso. Mas sinto muita falta dela aqui ao pé de mim... E ando sempre com o "coração numa cesta" preocupada com a saude dela. Diabetes e hipertensão, não são lá companhia muito agradável de se ter...


E é por gostar tanto desta minha mãe, que eu a defendo sempre pois é para isso que os filhos servem... E é por isso que não gosto, e não admito quando me dizem que a minha mãe é irresponsável e inconsequente! Não sabem do que falam...

Por isso, á minha mamã, só desejo que os dias dela sejam muito felizes, e que ela seja muito feliz e com muita saúde.

Amo-te mamã!

02 novembro 2007

Parabéns Papá!

Seriam estas as primeiras palavras que te diria, se pudesse estar contigo hoje. E estas palavras seriam acompanhadas com o abraço e os beijos que sempre trocámos quando estávamos juntos. Hoje, completarias 62 anos de vida. Completarias, pois a vida é madrasta, e a doença venceu, antes mesmo de chegares aos 58 anos. E antes do nascimento da tua primeira neta. Quando partiste, tinhas a esperança de que seria um neto, pois era o que mais querias, mas cedo te apercebeste de que não iria dar tempo... De que não conseguirias aguentar-te até ao final da minha gravidez.
Queria muito ter podido dar-te a notícia de que seria menina, mas partiste no dia antes de fazer a ecografia, que foi adiada, pois o dia foi guardado para te acompanhar e estar contigo o ultimo dia.

Pensei também sobretudo em ti, no dia que nasceu o João Henrique. O teu tão desejado neto, e queria muito que tivesses estado lá comigo...

Tenho muitas saudades... Sinto a falta da tua constante boa disposição, das tuas piadas, das tuas brincadeiras, dos beijos e dos abraços que me davas. Nunca tiveste vergonha de manifestar esse teu lado carinhoso, e por isso muitas vezes me abraçavas onde quer que fosse. Ainda consigo lembrar-me do teu cheiro. O cheiro das tuas mãos que me acariciavam a cara...

Sonhei apenas uma vez contigo. E esse sonho foi uma doce e serena despedida. Depois caminhaste, foste embora, e nunca mais sonhei contigo. Tenho pena...

À Maria e ao João, falo em ti, apenas esporádicamente. Acho que ainda não consigo explicar, sobretudo à Maria, porque é que não vamos à casa do avô Zé, nem o avô Zé nos visita. Por isso ontem no cemitério, ela não te reconheceu á primeira, na fotografia. Um dia mais tarde, quando ela (e o João) conseguirem compreender melhor, vou-lhes contar as nossas brincadeiras, as nossas viagens, as tuas aventuras, as tuas piadas, e sobretudo o teu lado humano e bem disposto, sempre de bem com a vida. Assim como da tua força e coragem enquanto estiveste doente. Nunca desanimaste...

Adoro-te papá e continuo a ter muito orgulho em ser tua filha.
Até sempre, pois sei que me acompanhas.

31 outubro 2007

E vão duas....

...viroses! Pois é, qual convidada que veio passar o mês cá a casa, pois assim é a desgraçada da virose, que se agarrou ao meu Joãozinho como uma lapa! Quando parecia que tudo tinha voltado a encarreirar e que a partir de agora tudo voltava ao normal, uma birra descomunal no domingo à noite pôs-me alerta e voltar a pegar no meu melhor amigo destes ultimos tempos; o termómetro (daqueles mesmo á moda antiga que os digitais que comprei, não me dão duas leituras iguais e depois de ficarem sem pilha finaram-se e nunca mais deram nada...).

Pois lá estava bem marcados 39,5 graus. Lá voltei ao armário dos benditos xaropes, e na segunda à tarde, após telefonema ao pediatra, lá fomos nós ao Sr. Doutor. Depois de bem observado, dos pés à cabeça, gargantas, ouvidos e afins, o diagnóstico foi: mais uma virose!


Gostei do que ouvi, pois enquanto forem viroses destas, que depois de 3 ou 5 dias vão embora, está tudo bem. Pior seria se fosse alguma doença maluca que o estivesse a afectar, só não gostei foi de ter gasto 60€ na consulta por causa duma porcaria destas!


Está então o menino de "férias" do infantário, a dar que fazer aos avós paternos, pois enquanto não há febre, nada pára naquela casa! Já vamos no 3º dia, e ainda de manhã havia febre. Vamos a ver quantos dias mais vai demorar esta inquilina indesejada!

25 outubro 2007

Não gosto

mesmo nada, nada de pessoas que não fazem mais nada do que ser vítimas!

Acordem para a vida, que não cai nada do céu, e há que lutar, para conquistar o nosso lugar ao sol... Ter inveja não traz nada para o nosso quintal!

Pode ser uma virose...

...Quarta feira de manhã, e o João acordou sem febre. Assim se manteve até á hora de ir para o infantário. Pensei:
-Porque não arriscar? Passou a noite sem febre, ainda não subiu a temperatura desde que acordou... Vai para o infantário. Não vou entrar em paranóia com a história da febre!

E foi. Deixei-o contentíssimo com a educadora, não sem antes recomendar que se ele fizesse febre me telefonassem imediatamente para o levar ao Hospital. Durante todo o dia o tal telefonema não chegou o que me alegrou um pouco.
-"Já passou" - Pensei.

Quando os fui buscar deram-me a confirmação. Passou o dia muito bem disposto; dormiu bem, comeu melhor e não teve febre.

Fomos directos para a piscina, pois estava em cima da hora da aula da Maria.

Já em casa, depois do banho, começa a ficar super rabugento, com os olhos muito vermelhos, mole, e pede cama, que tem sono. Ainda lhe tentei dar a sopa, mas a birra foi superior e acabei por ir deitá-lo sem comer.

-"Depois dou-lhe um biberão de leite..."

Passado meia hora fui medir-lhe a temperatura. 39 graus! Toca a acordar e vamos para o hospital, depois de lhe dar o dito biberão de leite ( que ele não tinha jantado e não fazia a minima ideia do tempo que lá iria demorar), e uma colher de Ben-U-Ron.

Já no Hospital o atendimento foi relativamente rápido. Da triagem passou directamente para o atendimento, para o gabinete da pediatra que o observou.
Dada a história dele e o antibiótico recente, não lhe foi diagnosticado mais nada além de uma virose, que pode durar entre 3 a 5 dias, uma vez que febre apesar de atingir picos altos, é bastante espaçada, e reage à medicação.

Hoje, por recomendação médica ficou em casa com a avó, e até aqui não houve sinal de febre.

Vamos a ver se é desta!

23 outubro 2007

Os azares continuam...

Eu cá não acredito em bruxas, mas, como se costuma dizer, que as há, há! Especialmente nesta época, em que o dia delas se aproxima.
O João continua com febre, por isso... agenda de amanhã: ida ao Hospital de Aveiro, logo de manhã, bem cedinho!

Hoje tive um furo em plena VCI, no Porto. Saio da Via Norte, entro na VCI em direcção à Ponte da Arrábida e... Já está, pneu furado! "Belo sítio para ter um furo! É que aqui nem há trânsito nem nada..." Pensei eu baixinho. Toca a vestir o belo do colete, quando assim de repente me lembro: "Boa! A porta da mala não abre!" Está avariada vai assim para uns mesitos... Não vou conseguir tirar o pneu sobressalente.
Há que ligar para a assistência em viagem!
-"Minha senhora, a indicação que tenho é que a sua apólice não abrange furos. Terá que chamar o reboque à sua conta" Diz-me a iluminada do outro lado
-"Se eu conseguisse abrir a porta da mala, não precisava de reboque nenhum... Eu mesma trocava o pneu, mas não consigo descortinar como é que a senhora quer que eu troque o pneu sem ter acesso à roda suplente. Tenho uma avaria no carro, no sistema eléctrico que me impossibilita a marcha, por isso tenho direito a reboque sim senhora!" - Tento eu explicar com muita calma (ao princípio). Que não continuava ela a dizer, e que sim insistia eu, com a voz a subir gradualmente de tom! Depois de me ter exaltado um pouco e de lhe dizer que ia trocar de seguradora, que podia anular já aquela apólice e que exigia, pelo prémio que pago todos os anos, ter o meu problema resolvido e dizer que não falava mais com ela, mas sim com o superior, lá me diz, que após nova consulta ao chefe, tinha luz verde para aceitar a operação e que me iria então enviar um reboque para transportar o carro e um táxi, para me levar a mim.

Depois de 45 minutos de seca (em plena VCI, com vista para o Hospital da Prelada) lá me chega o reboque. Para minha salvação, o senhor que o conduzia era do mais prestável, de tal forma que lá me conseguiu tirar o pneu suplente da mala, depois de rebater os bancos traseiros e aceder a ele por aí. Também me tinha lembrado disso, mas não me achei com força para tal proeza... Ofereceu-se então para me trocar o pneu e assim eu podia seguir viagem no meu rico carrinho. Agradeci-lhe imenso e depois de terminar, lá me vim embora. No entanto já não tive tempo para passar em casa da minha sogra, para ver o Joãozinho, pois tinha uma aula para dar às 6 horas da tarde!

Enfim, agora só me resta esperar pela próxima "aventura". Eu parece que ando a elas e as acho... Porque é que só não me sai o Euromilhões?

22 outubro 2007

As medidas do rapaz

Da consulta da passada sexta feira:
Cresceu 3 centimetros em altura
Aumentou 1 centimetro na a medida do capacete
Perdeu peso (- 60 gramas que na consulta dos 18 meses), segundo o pediatra devido ao problema que teve da febre, antibiótico, etc....
-Facilmente recuperável mãe! Não tem nada que se preocupar, que ele é de raça miuda, mas saudável. Crianças Obesas é que não.-Diz o médico e eu... lá me vou resignando, mas não contente. Para a quantidade de comida que ele come, penso que deveria ter mais peso... Não sei, talvez não. Vou acreditar no pediatra pois é ele o especialista da coisa...

Sábado á noite:

Voltou a febre. A despi-lo para o deitar e acho-o quente. Termómero em acção, que me devolve uma leitura de 39,5 graus. Ben-U-Ron, e dorme que nem um santinho. Verifico de novo a febre às 5 da manhã, 37,5 graus. Porreiro penso eu, deve ter sido passageiro. 7h30 da manhã. Acordo com ele a chamar-me. Vou buscá-lo e acho-o quente novamente. Nova leitura, e já vai nos 38,5. Novamente xarope,e aguenta-se até à uma da tarde. Depois de almoço dorme uma boa sesta e ao acordar novo susto. 39,5 graus!
Mais uma colherzinha de Ben-U-Ron. O que vale é que o meu menino adora os xaropes e lambe aquela colher toda. Só não acha piada nenhuma e chora imenso quando lhe limpo o nariz com o soro fisiológico. Eu cá também não acho piada nenhuma pois também não gosto de meter gotas no nariz e entendo-o tão bem... Mas... Eu agora sei assoar-me e ele... não! Tem mesmo de ser. Desculpa meu amorzinho...

Estive até agora a preparar uma formação que vou amanhã de manhã dar a uma empresa, e vou ver como está a temperatura dele agora... Se não melhorar amanhã vai ter que ficar com a minha sogra, pois eu tenho mesmo que ir trabalhar...É assim a vida!


Bem, andemos e veremos, e espero que seja só uma virose maluca que tal como veio se vá. É que ele andou a tomar antibiótico até a passada quinta-feira... Não imagino o que possa ser agora...

19 outubro 2007

Tanto tempo...

... que me falta para fazer as coisas que mais gosto. Sim porque as outras, as que têm mesmo de ser, têm sempre prioridade e às vezes vejo-me da cor da abelha para as levar até ao fim nos prazos impostos, por mim e pelos outros.
E vir aqui, registar a vidinha, a rotina, as conquistas, as birras, as graças e tantas outras coisas dos meus amores é daquelas coisas que me dão muito gosto. E andava cheia de pena por não ter tido até hoje o tempo que precisava para actualizar aqui o cantinho.

Pois... a história da intoxicação, parece que acalmou e aos poucos tudo volta ao normal, as pessoas quase todas começam agora a sentir-se completamente recuperadas e a minha angustia e preocupação tem agora menos peso nos meus ombros. Sinto-me extremamente cansada e precisava de dormir muito agora para também eu recuperar completamente. Foram umas semanas muito stressantes, em que me sentia impotente perante tanta gente afectada. Mas felizmente acabou por não haver danos seriamente graves.

Quanto aos meus meninos, cada vez os amo mais... A Maria está cada vez mais crescida. Já recomeçou as aulinhas de natação, com a novidade de que este ano eu já não vou com ela para a água. Ela vai sozinha junto com os outros meninos, o que me deixa semre com o coração apertadinho pois ela ainda é tão pequenina que apenas fica o pescocito fora de água. Descansa-me um pouco a atenção do professor que está sempre a recomendar-lhe:
-Maria fica sempre pertinho da parede... Qualquer coisa e agarras-te logo à parede...!
E ela ouve com muita atenção e lá vai fazendo tudo ao ritmo dela, o melhor que consegue e sempre a olhar para mim à espera de um sorriso, uma palavra ou ou olhar de aprovação e de incentivo.
Também já começou as aulas de ballet. Essas ainda não assisti a nenhuma pois tenho aulas no mesmo horário e quem a vai buscar é o Ivo. Tem sido ele a assistir à alegria dela no mundo da dança que ela tanto gosta. Que tem muito jeito é a professora quem o diz. Assim como nota que tem mais à-vontade do que muitas meninas mais velhas que frequentam as aulas já desde o ano passado. A ver vamos, mas para já ainda não lhe comprei nenhum tipo de material para o ballet. Não vá ela daqui a um mês lembrar-se que já não gosta e não quer ir mais...(acho difícil, mas... nunca se sabe...)

O João Henrique continua sem dizer praticamente nada. Que preguiçoso ele me saíu na fala. Entende tudo, faz-se entender, brinca com a situação quando lhe peço que repita algumas palavras (olha-me com ar de gozo...) e falar é que nada!
A semana passada andou doentinho, febre, tosse e lá fomos ao Hospital. Antibiótico de 8 em 8 horas e agora já está fino. Só teve que interromper as aulas de natação...Logo tem consulta no pediatra. A consulta dos 21 meses... Vamos ver como andam as medidas do rapaz.
Agora anda com a mania de calçar os sapatos de Sevilhana da irmã e atravessa o corredor inteiro a fazer sapateado. Fartamo-nos de rir com a figura dele, e com a da Maria atrás dele a dizer-lhe para lhe devolver os sapatos que são dela e, que os meninos não usam sapatos de salto alto, vermelhos e com bolinhas pretas. É mesmo de ir às lágrimas, com tal espectáculo...

No fim de semana do 5 de Outubro tivémos também a visita da Andreia e da Filipa. Entenderam-se muto bem a Maria e a Filipa, mas já o duo Filipa e João... As coisas não corria tão bem... Ele "enxotava-a" quase sempre. Houve um episódio em que ele queria um brinquedo que ela tinha, e que lhe queria emprestar, mas ele, com a birra, cada vez que a Filipa se aproximava dele para lhe dar o brinquedo, ele mandava-lhe um berro que a coitadinha fugia, com medo dele, e a fazer uma cara super engraçada... Também foi demais...

E bem mais um fim de semana se aproxima e já vou ficar mais tempo com os meus meninos e o meu amor... Ah! É verdade, no sábado passado foi o nosso aniversário de casamento. Passámos o dia com os nossos meninos, sem stress, nem horários e passeámos. No domingo fomos à Covilhã visitar a minha mãe, e conhecemos o Bernardo, que é filho de uma prima minha que eu não via há anos. Foi muito bom passarmos o dia todos juntos, com a minha mãe toda contente por ter a casa cheia de meninos. Ficou foi um caos aquela casa quando viémos embora... Parecia que tinha passado por lá um furacão. Ehehehe!
E pronto.
Registo efectuado com sucesso, e cantinho actualizado.

Bom fim de semana!!!

11 outubro 2007

Balanço (quase) final...

Finalmente já todos sairam do hospital. Durante o fim de semana a minha cunhada e o meu sobrinho tiveram alta, na segunda feira, mais um adulto e uma criança e por ultimo a minha mãe já foi hoje para casa...

Felizmente tudo não passou de um grande susto, uma grande maçada e um grande desgosto... Poderia ter tido consequências mais graves, embora não tenhamos todos ganho para o susto,e agora já conseguimos gracejar com algumas situações vividas no hospital, mas ... foram uns dias para esquecer...

Já fui ao Jumbo fazer a reclamação oficial, e preencher os papéis para que fosse accionado o seguro... Agora vamos lá a ver como é que vai ficar esta história... Espero não ter muitos problemas e que não se armem em parvos nas indemnizações às pessoas, senão... tenho que tomar medidas, mas isto assim não fica...

Têm sido muito atenciosos e ligam-me todos so dias a saber do estado de saude das pessoas mas só isso não basta, nem compensa as pessoas do tempo que passaram no hospital e do desconforto e mal estar que sentiram!

A ver vamos!

Estou mais contentinha!

04 outubro 2007

Balanço

Hoje três pessoas já tiveram alta, uma criança desencadeou uma apendicite e teve que ser operada, um adulto, por não conseguir reter a medicação teve um ataque forte de bronquite, e continuam 3 adultos e 4 crianças internadas. Continuo triste e preocupada...
Não me apetece escrever mais nada...

03 outubro 2007

A ausência...

...desta vez não se deveu ao livro... Antes tivesse sido, principalmente nestes ultimo dois dias que para mim têm sido de loucos.
A semana passada foi passada numa autêntica maratona entre as minhas aulas na Maia e em Águeda, os meninos, as idas ao infantário e a uma reunião de pais que decidi não comparecer, pois não me apeteceu passar a unica noite livre da semana a ouvir sermões e raspanetes que não me eram devidos, e já me bastou passar por isso no ano passado. E por isso, hoje fui ter uma pequena reunião com a educadora, para converasr do que realmente a mim me interessava. Parece que outros pais que também faltaram à reunião geral também tinham marcado à mesma hora, mas só eu é que apareci ( mas este assunto seria para um outro post).Desta vez resolvi aproveitar a noite e estar com os meus meninos, até porque tinha uma almoço para 40 pessoas para preparar...

Pois... para além do que já disse, passámos, eu e o Ivo toda a semana a preparar um almoço para alguns amigos mais chegados, no domingo. Encomendar comida, alugar as mesas, cadeiras e loiças, encomendar flores, bem uma trabalheira que me cansou mas, que fiz com muito prazer, pois era para receber amigos queridos.

O dia chegou, correu tudo optimamente, o pior foi ontem, segunda feira, quando começo a receber telefonemas de pessoas a perguntar se eu estava bem, pois não se estavam a sentir muito bem... E a confirmação veio mais cedo que o que eu esperava. Intoxicação alimentar com salmonelas, devido a uma sobremesa que eu mesma confeccionei, com ovos que supostamente eram objecto de um rigoroso controlo de qualidade, com identificação de lote, data de validade, e mais não sei o quê. Resultado: 10 pessoas internadas, que foram as que mais consumiram a dita sobremesa, incluindo o meu sogro, a minha mãe, o meu sobrinho e a minha cunhada.

Ontem e hoje não fui trabalhar pois não consegui deixar as pessoas internadas sem dar nenhum apoio, a elas e às familias... Já chorei baba e ranho, mas também, como não resolveu o problema de ninguém, nem fez o tempo voltar atrás, depois decidi centralizar as minhas energias, nas idas ao hospital para dar algum apoio (sabe-se lá em quê, pois médica não sou...) mas lá fui tratando de alguns assuntos pendentes que algumas pessoas tinham e que na medida do possivel, fui tentando resolver...
Eu por ironia, também comi um bocadinho da dita sobremesa, e só hoje de manhã tive um sintomazito da coisa...Vi quando fui à casa de banho...O Ivo idem aspas, e os meus meninos, felizmente nem provaram da maldita baba de camelo, e estão todos finórios!!!

24 setembro 2007

As socas

Anda completamente obcecada com as socas que uma amiga do infantário tem. No outro dia quando fui buscá-la disse-me:
-Não te vás embora, espera aí que quero mostrar-te uma coisa...
Vira-me as costas e passado um pouco aparece-me a arrastar a pobre da criatura por um braço, a apontar para os pés e a dizer:
-Tás a ver? Olha bem, que é umas destas que eu quero! Umas socas iguais a estas, que há no Feira Nova!


No dia seguinte, fui dar uma volta ao dito hipermercado para ver se tinham ou não e para meu descanso já estava tudo com a nova colecção. Quando os fui buscar ao infantário, pediu-me logo:
-Vá lá mamã, vamos ver se encontramos umas socas iguais ás da Salomé...

Expliquei-lhe que já tinha procurado mas que agora já só havia sapatos para aquecer os pézinhos do frio, e que até precisávamos de comprar umas pantufas ao João, quando me responde:
-Olha mamã, mas para os metros que ele faz, pode ser mesmo umas chinelinhas de enfiar no dedo!


E pronto, lá fomos, e comprámos para o João as pantufas (que ele detesta e anda sempre a tentar tirar dos pés) mais um fato de treino, e para a Maria, trouxémos um guarda-chuva da Dora que aceitou de bom grado trocar pelas socas que não haviam...

Não se percebe nada...

Sábado à tarde, no regresso do supermercado com a Maria, tocava na rádio "Big girls don't cry".
Eu trauteava, e ela tentava acompanhar a musica que tanto gosta, quando já no fim da musica, e um pouco baralhada me diz:
-Fogo, isto é tanto inglês que não se percebe nada!!

A razão...

É por causa deste livro que ando um pouco daqui afastada!
Confesso que sou um pouco viciada em livros, e quando começo um, (especialmente que me agrada) todos os bocadinhos livres são aproveitados para ler mais um pouco. E mais uma vez a regra se confirma.

Ontem à noite, já na cama com a Maria, ela pôs-se a apreciar o livro e perguntou:
-Onde é que estão os bonecos do teu livro?
-Não tem...
-E porquê?
-Porque os livros dos grandes ás vezes só têm letras, não têm bonecos.
-E estás a gostar?
-Estou!
-Então lê alto para eu também gostar...

12 setembro 2007

Dá para acreditar...

... que, de tanto consultar o site das Finanças, à procura de novidades sobre o reembolso do IRS, já sei a password, que tem um tamanho medonho, de cor e salteado?

Ai, crise, a quanto obrigas...

10 setembro 2007

A propósito...

...das minhas aulas em pós-laboral, hoje enquanto ia levar os meus meninos ao infantário, a Maria perguntou-me:

-Mamã? Tu hoje vais para a tua escola?
-Sim.
-E amanhã? Também vais para a tua escola?
-Também. Depois na quarta feira é que não vou...
-E depois?
-Depois já vou outra vez.
-Então mas agora vais passar a vida na escola?

O tanas é que eles não sentem a nossa falta!

O Regresso

Fim de férias... Início de Setembro... Regresso às aulas! Para eles e para mim!

Foi um misto de alivio e saudade! Por um lado, queria continuar com eles, gozar cada minuto do crescimento e do desenvolvimento deles que tanto gostei neste ultimo mês, mas ao mesmo tempo, numa casa nova com montes de caixas e sacos ainda por abrir e arrumar (que muitos ainda assim continuam). Sem contar com a preparação das minhas aulas. É impossivel prolongar este mês de Agosto durante mais tempo.


A semana que antecedeu o regresso ao infantário, foi de ansiedade por parte da Maria. Todos os dias de manhã me perguntava se era aquele o dia que ia voltar à escolinha para a sala dos grandes. Na noite de Domingo para Segunda, foi um castigo conseguir que ela fosse para a cama, tal era a excitação de voltar a encontrar os amiguinhos do ano anterior e os novos coleguinhas que iria ter.


Segunda feira de manhã! Tão diferente do que foi o ano passado... O seu verdadeiro primeiro dia de escolinha... Foi o pior mês e meio da minha vida. O tempo que ela demorou a habituar-se a estar na escola e que ficou sem verter uma unica lágrima. Nos dias que antecederam este dia eram para mim um verdadeiro tormento, sair pela porta fora e ouvir o choro dela até fechar a porta do carro e ligar o rádio. E quantas vezes fiquei ali, parada a ouvir quando se calava... Houve algumas vezes também, que contra a vontade da educadora, quando via que ela demorava demais a acalmar, eu voltava para trás, ia conversar com ela e só vinha embora quando ela resignada, lá aceitava dar-me um sorriso, e ficava a ver-me sair novamente, com as lágrimitas a escorrerem cara abaixo, em silêncio...

O pai, por vontade dele, ela não ia mais para o infantário. Achava cruel demais fazê-la passar por isso. Havemos de arranjar alguma outra solução, dizia ele, mas eu sabia que mais tarde ela havia de gostar da escola, e como ela gosta hoje em dia...

Por isso, lá ia eu... Levá-la todos os dias pois, se o Ivo a visse chorar como eu vi, era incapaz de a deixar, e nunca mais a levava...


Este ano, foi com uma vontade enorme, ansiosa de conhecer a nova salinha, onde iria ter colegas até aos 5 anos. Os grandes! E que bem que me soube ser ela a virar-me as costas e vê-la ir brincar com os "velhos" e "novos" amigos. Sem choro, sem tristeza, sem drama!


O João entrou para o infantário o ano passado em Outubro, quando teve vaga. Tinha 8 meses e meio... A sua adaptação não custou tanto como à Maria, mas também durante duas semanas só o deixei ficar até depois do almoço. A sesta vinha fazê-la a casa, com o avô. Passado esse tempo a educadora disse-me que podia deixá-lo mais tempo, que ele já estava completamente integrado. E integrou-se muito bem...
Na segunda feira passada, tal como a irmã, lá ficou, entretido, e também foi ele que me virou as costas e saltou para o colo da educadora.


E para que fique o registo aqui estão eles todos contentes a sair de casa, para o regresso à escolinha!



Balanço

Definitivamente esta coisa que se chama "tempo" e que controla todos os nossos afazeres, não tem abundado muito por estes lados, daí a falta de um registo decente das férias dos meus meninos. A verdade é que estas também não foram umas férias como as outras. Foram um pouco diferentes... Tiveram que ser diferentes! Por várias razões, mas isso agora também não interessa nada. O que importa é que no final de tudo, penso que se divertiram e o mais importante foi o tempo que passámos juntos (ainda tenho que escrever um post sobre este tema...).

Os dias tiveram sempre coisas que os ocupassem. A manhã (nas 3 semanas de férias do papá) era ocupada com as idas à praia. Estas idas eram bem aproveitadas quando se podia. Dias houve em que o vento era tanto que, ou nem conseguiamos por o pé na areia, ou depois de tantos:
-Óh vá lá papá! Tu montas o páróvento e o párósol e a gente fica lá a brincar só um bocadito!!!
lá íamos para detrás da barraca para que eles brincassem um pouquito!

Ora apreciem só a pose, na esplanada, num dos dias em que o vento era mais que muito! Repararam no casaquito vestido???

Nevoeiro...Também tivémos direito! Devia fazer parte do pacote.

Mas divertiam-se imenso com o "Jogo da Toalha" que o papá fazia!!!


Á tarde, depois da sesta ou iam um pouco ao parque infantil, ou um bocadinho à piscina cá da aldeia... Sim que moramos no campo, na aldeia, mas temos uma piscina toda catita para nos refrescarmos!



Também passeámos. Fomos fazer um passeio ao Norte. Fomos a Vila Real, passámos pela Régua e pelas lindas Vinhas do Douro...

Linda paisagem não? Pena a fraca qualidade da foto, tirada em andamento, mas... não se pode parar na Auto-Estrada...



Depois fomos também a Amarante. Os pastéis são demais... E o Convento de S. Gonçalo, lindo lindo também!


É ou não é?


E o melhor de tudo, é que puderam passar muito tempo, com a avó Mimi que mora longe e só pode estar connosco de tempos a tempos!


04 setembro 2007

Confissões

A Maria, em conversa com uma amiga minha, domingo à noite, enquanto lhe mostrava fotos e trabalhos do infantário:
-Sabes, este menino aqui, o Ricardo, era meu namorado, mas agora já não é.
-Ai não? Então porquê?
-Olha, porque anda sempre ranhoso, e não gosto lá muito de beijos com ranho! Agora o meu namorado é o Ruca que também é meu amigo.
-Então e porque escolheste o Ruca?
-Então, dá-me mais jeito falar com ele...

28 agosto 2007

Tudo é novidade...

...para eles. Andam felicíssimos. Correm a casa toda, deslumbram-se a encontrar brinquedos que há muito já não viam, pois estavam já embalados à espera da mudança, riem muito, e fazem muitos disparates, incluindo o de acenderem todas as luzes da casa, experimentando os interruptores! Esta parte deixa-nos doidos, pois quando mal nos descuidamos, tá tudo aceso... Dentro e fora de casa. Parece um arraial!!

Ontem o João, descobriu que conseguia subir e descer o degrau,que liga a cozinha ao jardim sózinho e sem se segurar em lado nenhum... Foi uma alegria! Aquilo é que foi subir e descer, um tal de entra e sai, que nunca mais acabava, no meio de muita risota e realização! É tão lindo quando se ri... As gracinhas mais recentes passam pela imitação de uma mota, de um pirata e pregar sustos! Como gosta de pregar sustos. Olha-nos nos olhos e faz "Búúú"! Depois ri, ri ri muito.

Enfim, a felicidade reina nesta casa!

26 agosto 2007

A nossa casa

Finalmente, passados 2 anos e meio, desde o início da construção da nossa casa, MUDÁMOS-NOS!!!
A noite passada, foi a nossa primeira noite, na nossa nova casa, e... durante a noite fomos brindados com uma valente trovoada.
Estavamos tão cansados que quase nem demos por ela. O que me acordou foram os relâmpagos. Os meninos nem se mexeram. Nem estranharam nada o novo quarto para dormir.
Soube bem acordar de manhã, ver a relva molhada e o sentir o cheiro da terra molhada. Adoro o cheiro da terra molhada!

Portanto... Voltando ao assunto da casa nova, considerem-se todos convidados para nos visitarem sempre que quiserem. É só aparecer!!!

22 agosto 2007

Ás vezes...

...sinto que falho! Queria poder sempre fazer as coisas certas, e deixar todos felizes. Gostava muito ... não de ser perfeita, não ambiciono tanto, mas o que mais queria era não desapontar ninguém.
E muitas vezes sinto que, não correspondo àquilo que as pessoas esperam de mim. Sinto que não tenho a palavra certa, no momento certo; não tomo a atitude mais acertada, na hora apropriada...

Hoje, neste momento sinto-me assim.

Vêm-me à cabeça recordações de coisas que embora se tenham passado à tanto tempo, nunca passam. Ficam simplesmente adormecidas, arrumadas lá no cantinho, mas que de repente as encontramos, e chegamos à conclusão de que... não passam! O tempo, esse passa, mas a minha memória não consegue fazer o reset... E fico um bocadinho triste... Por tudo.

19 agosto 2007

Férias?? (Des)cansar?

Sem dúvida alguma de que estas férias têm sido a maior canseira da minha vida. Temos, eu e o Ivo feito tudo menos descansar, boa vida e papo para o ar!
De manhã, tentamos acordar o mais cedo que conseguimos, para (quando o tempo assim o permite) levar os meninos à praia. De tarde, enquanto os meninos dormem a sesta e ficam aos cuidados dos avós paternos, ou, nos ultimos dias da avó Mimi, nós, vamos limpar, organizar, arrumar e preparar a nossa casa nova, para finalmente podermos mudar-nos.

Apesar de toda esta trabalheira que têm sido os ultimos dias, todas as noites me deito cansada mas muito feliz. Vejo os meus filhos a dormir (como adoro vê-los dormir, e fico que tempos a olhar para eles), penso em como sou afortunada pelo facto de eles serem saudáveis, olho para o meu amor, e penso como vai ser a nossa vida daqui em diante, na nossa casa nova.
Com uma mudança, preparada com tanto amor e tanta dedicação, só pode ser a continuação de uma vida já tão feliz.

Está quase! Está quase!

10 agosto 2007

Educação Sexual??

Conversa da Maria, enquanto estava na casa de banho com o pai...
-Papá, tu tens pombinha?
-Não filha, eu não tenho...
-Então tens o quê?
-Tenho uma pilinha, como o mano...
-Mas, não é pilinha que se diz...
- Então como é?
-Então... Tu tens um pénis!
-... Um pénis... Pois é filha...
-E eu tenho uma vagina!
-... Pois... Como sabes estes nomes?
-Então, foi a Antónia* que me ensinou!

* A educadora

03 agosto 2007

Estava a dever esta às duas...!




E porque finalmente comprei as pilhas para a máquina fotográfica e, consegui finalmente descarregar as fotos, cá vai a foto com o fato vestido!!


Não fica um amor?




Para a Mimi, que está longe e para a Madrinha, que está ainda mais longe!!

A Maria aos olhos da educadora:
É uma criança que apresenta um desenvolvimento adequado à sua idade.
Na área de Formação Pessoal e Social, destaca-se pela sua autonomia e aplicação. Consegue exprimir muito bem os seus sentimentos, as suas ideias e os seus desejos, utilizando um vocabulário bastante rico. Na sua higiene pessoal (lava as mãos, a cara e vai à casa de banho) é completamente autónoma, recusando mesmo ajuda, como ela diz:"...eu consigo sozinha..."
A Área de Trabalho da sala, preferida, é sem dúvida o momento de reunião, onde cantamos os bons dias e conversamos em grande grupo e, posteriormente conto uma história. A Maria adora ouvir histórias, sobretudo de recontar a mesma para os seus colegas.
Na àrea de Expressão Plástica, a pintura, as colagens e o recorte são a sua preferência. É uma criança muito aplicada e determinada na elaboração das actividades.
No domínio da linguagem oral, quando estamos a ouvir uma história lá vem a Maria:"...agora sou eu que vou contara história para os meninos está bem?..." Reproduz com facilidade as personagens da história, identificando-as.
É uma criança com uma personalidade determinada/decidida, reflectindo-se no seu comportamento e com um bom nível de aprendizagem.
...A Maria é um doce de menina...

A zanga!

A Maria hoje, zangou-se com o avô, nem sei porquê e disse-lhe:

-Olha, para já, vou dizer à minha mamã, e contigo não quero mais jogar às escondidas, nem à apanhada, nem à macaca, e nem à Mamã dá liceça, portanto... Com licença!

O telefonema...

Recebi hoje um e-mail da minha irmã, que entre outras coisas diz o seguinte:

...Falei com a Maria no outro dia, quando estavam no café da minha sogra, e ela disse-me:
- Ó madrinha tou de férias!
E eu disse:
- Ai sim meu amor, que bom! E o que vais fazer nas tuas férias?
- Não sei... de facto ainda não sei!!!

31 julho 2007

Férias

Desde as 22h 30m de sexta feira passada, estou oficialmente de férias. Eu e o papá e os meninos. Bem... para o papá hoje e amanhã ainda há trabalho... Os contratempos de ultima hora... Para os meus meninos estas são as "primeiras" férias, pois este que passou, foi o seu primeiro "ano escolar".

Hoje lembrei-me muito das minhas férias esolares, e tive saudades daqueles tempos... Desde os meus 2 anos de idade sempre fui com os meus pais para o Algarve. Eram as férias no lugar de sempre, com as pessoas de sempre ,que ficavam marcadas de um ano para o outro. Ficávamos sempre numa pensão, bem no centro de Albufeira, a cerca de 100 metros da Praia do Peneco. Ainda me lembro de que muitas vezes eu ficava a dormir a sesta e quando acordava ia ter com os meus pais e com a minha irmã à praia. Era só atravessar o túnel... Nessa altura, ainda se podia fazer isso. Albufeira não passava de uma aldeia piscatória com uma praia excelente.

Depois passámos a ir para casa de amigos onde passei sem dúvida todas as melhores férias da minha vida. Nesta altura ia sozinha, mal acabava a escola, metia-me no autocarro e levava 12 horas até chegar a Albufeira... Lá tinha à espera grandes amigos e grandes aventuras... Eram as férias inteiras... Verão e Páscoa, lá estava eu a marcar presença, e a matar saudades do ano anterior. Os meus pais iam lá, e lá ficavam mais ou menos duas semanas. Depois regressavam e a maior parte das vezes eu ficava...

Houve um ano que foi sem dúvida o que mais me marcou... Foi em 1988. Eu tinha apenas 13 anos e o que me diverti nesse ano foi de tal forma que ainda hoje me lembro de todos os detalhes com imensa saudade. Foi o ano que passei a frequentar as discotecas com os meus pais. Foram eles que me levaram à discoteca a primeira vez e me mostraram o bom, e o que podia ser mau. Lembro-me também que nesse ano, estava muita gente nova em casa desses amigos (eles tinham 6 filhos) e como não havia mais carros para sair à noite, e o meu pai não podia emprestar o dele (o carro não tinha seguro, era ele que tinha a carta de condução no seguro, o que lhe permitia conduzir qualquer carro, derivado da sua profissão), então os meus pais acompanhavam todas as saídas nocturnas. Chegávamos a ser 9 e 10 pessoas dentro do carro, mas ninguém ficava sem se divertir. Depois quando saíamos da discoteca, íamos comer hamburgueres caseiros a um restaurante que havia onde hoje é a Marina de Albufeira... Como tudo mudou! Acho que este ano sem dúvida ficou marcado nas nossas vidas. Na minha, na da minha irmã, Lurdinhas, Paulo, Manela, Miguel...

E depois havia as brincadeiras na praia. Acho que nunca mais nadei até às bóias como nós nadávamos. E lembro-me quando a Lu perdeu o fato de banho, quando fomos ao largo tirar a areia que tinhamos dentro deles, depois de horas a rebolar nas ondas. E lembro-me também uma vez em Julho, por altura das marés vivas, que os rapazes tiveram que fazer um cordão humano, para que eu, a Lu e a Ana pudéssemos sair do mar, pois estávamos tão cansadas de rir e nadar, que já não tínhamos força para passar a zona de rebentação!

Depois era o convívio à mesa... Os churrascos, as sardinhadas, as idas ao frango da Guia, à sardinha de Portimão... Sempre uma casa cheia de gente, alegria, conversas, brincadeiras...

Sei perfeitamente que esses tempos já lá vão, que foram vividos na altura certa, da maneira certa, e só espero que um dia os meus filhos, possam ter as suas férias perfeitas, durante muitos anos, e que as possam recordar com o mesmo carinho e a mesma saudade que eu recordo as minhas.

27 julho 2007

A última aquisição



O título chamou-me a atenção, a autora ainda mais,e depois de o abrir, nada mais me faria mudar de ideias de o comprar. Depois foi a satisfação da escolha acertada, pois as histórias são mesmo engraçadas. Ok, é um livro recomendado para o 2º ano de escolaridade destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade III, em que a autora, através de 15 contos infantis, explica algumas regras gramaticais às crianças, mas a Maria (que só tem 3 anos e meio...) achou-lhes tanta graça...
E as folhas, cheiram mesmo a chocolate!

26 julho 2007

Apanhada(o)! Parte 4

Estava eu a começar a escrever a carta de reclamação, quanto à autoria da Contra-Ordenação de que fui alvo, quando consulto o papelinho fornecido pelo Segurança da DGV, onde consta a quem dirigir a mesma. Reparo que deveria endereçar a carta ao "Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária", e surge-me a seguinte dúvida:
-Quem será o tal Presidente? Como se chama o senhor?

Faço uma pesquisa através do Google, consulto várias páginas e... nada! Resolvo ligar para a DGV, para que me fornecessem então tal identificação, e a resposta que obtenho é a seguinte:
-Eu não sei, que sou só a telefonista, mas só um bocadinho que vou perguntar à colega pois o atendimento telefónico é só das 9 da manhã ao meio dia e meio.... Olhe, o Senhor chama-se Crisóstomo Teixeira, mas a colega diz que é melhor não mencionar o nome do senhor na carta. Ponha só Senhor Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Parva foi como fiquei com uma resposta destas... Alguém me explica esta lógica de pensamento????

25 julho 2007

Apanhada! Parte 3 - A saga continua

E temos novela...

Na DGV:
-"Vinha desfazer um equívoco. Recebi esta multa...blá, blá bla´...beca, beca..."
-"Ah pois, mas aqui não lhe posso resolver nada... Tem que pedir ao segurança, um papelinho com uma morada para a qual o seu marido terá que escrever, identificando-a a si como a condutora e não ele."

Será que aquela alminha de agente de autoridade que me atendeu no posto da GNR, não me poderia ter dado esta informação? Tive que me deslocar a Aveiro para não resolver nada?

Esta multa está-me mesmo entalada na garganta! Já agora, alguém sabe alguma coisa acerca de que os sinais de trânsito terem que estar identificados com um carimbo ou nº de série da Câmara Municipal, caso contrário estão ilegais? Agradeço ajuda neste campo, pois este mês tenho que comprar a Prevenar para o João Henrique e custa muito pagar esta multa, sabendo que preciso do dinheiro para a vacina,à qual o estado não dá nem um cêntimo de comparticipação... Como gostava de viver num país mais justo...

23 julho 2007

Apanhada(o)! Parte 2

Pois e bem, eu lá fui, de forma obediente, identificar-me ao posto da GNR, assumindo a minha responsabilidade (parcial, mas fui...), e hoje quando chego a casa para almoçar... Uma bela surpresa. Uma carta da GNR, registada e em nome do meu querido marido... Parece que a notificação para me identificar andou algum tempo perdida nos correios, e o sr. soldado que me "autuou" queria ir de férias e toca a passar a respectiva multa ao proprietário da viatura. Lá tive que ir eu ao posto novamente, para desfazer o equívoco, pois o cadastro do Ivo já está um pouco sobrecarregado (especialmente com excessos de velocidade), e onde me é dito assim, sem mais nem menos:
-Ó minha senhora, sabe que o colega foi de férias e... quis despachar a coisa!
-Então e quando regressa o colega?
-Ai isso já não lhe sei dizer... A senhora agora tem é que ir à DGV e dizer que era a senhora a condutora e não o seu marido...

Ou seja... lá tenho eu que ir para Aveiro, mais a multa de 99,76€... Tá-me mesmo a ficar cara a brincadeira. Ainda por cima num cruzamento com visibilidade do melhor, onde um sinal de Cedência de Prioridade era mais do que suficiente. Já estou mesmo a ficar irritada com esta brincadeira. É que além do dinheiro que me vão levar, o tempo que já perdi... Haja paciência!!

19 julho 2007

Apanhada!

Caraças para as distrações. Para me livrar de uma multa, meti-me noutra... Eu sei que não devemos e ligo sempre o auricular do telemóvel, mas um belo dia, durante uma deslocação de 3 minutos, toca o telemóvel. Olho para o numero:
-É da empresa, é melhor atender, também vou parar já ali à frente.

Quando olho para a frente vejo 3 agentes da GNR, num cruzamento. Atrapalho-me toda, atiro com o telemóvel para o banco do passageiro, e tento por na cara a expressão mais natural do mundo e passar por eles o mais rápido possível. Resultado: não me viram a falar ao telemóvel, nem me mandaram parar. Eu é que me esqueci de parar no STOP do dito cruzamento onde estavam os 3 agentes da GNR. Hoje lá fui eu ao posto identificar-me pois recebi a notificação esta semana. A ver vamos no que isto vai dar, mas a coima é pesada!

Fim de semana II

A semana tem sido uma confusão sem tempo para nada, mas não queria deixar de completar o fim de semana passado. Isto apenas para registar que, a cumplicidade da Maria com a minha mãe é cada vez maior. Após umas férias por Espanha e Itália, veio passar o fim de semana connosco. Trouxe-lhe um fato de Sevilhana completo, com direito a leque, castanholas,sapatos, e tudo que a deixaram verdadeiramente maravilhada:
-"Olha mamã... Até tem salto..."
Durante todo o tempo que estivémos em casa lá ia ela vestir o vestido e calçar os sapatos... Na segunda feira de manhã, foi muito complicado explicar-lhe que não podia usar aqueles sapatos para ir para a escola.

No sábado de manhã antes mesmo de a minha mãe chegar, ao acordar disse-me:
-"Logo à noite quero dormir na cama da Mimi!"

Enquanto esperavam pelo jantar, só se ouviam as suas gargalhadas enquanto jogavam à apanhada, às escondidas e à mamã dá licença!

Gosto muito que a minha filha sinta tanto carinho pela avó, apesar de estar com ela apenas alguns fins de semana. Por isso, mais uma vez a "Mimi" vem passar as férias connosco, agora em Agosto.

17 julho 2007

Durante o fim de semana

As ultimas da Maria:

-"Não João, não mexas nisso que é coisa de muita responsamilidade!!"

Na casa de banho em cima da balança:
-"Deixa cá ver quantos kilómetros já tenho!"

Depois do pai ter ido apenas virar o carro:
-"Então? Ias-te embora sem nosco?"

13 julho 2007

Banho Lunar

Ontem depois de jantar fomos à nossa casa nova, desligar a água que estava ligada para regar a relva. Teimosa como sempre decidiu que o pai tinha que lhe ligar a água de uma mangueira para ela também regar.
Resultado: às tantas falhou-lhe a mãozita, a mangueira fugiu, virou-se para cima dela e ficou toda encharcada.
-"Mamã, olha, estou toda molhadinha!"

Preferencias

No fim de jantar:
-"Papá, papá, queo i fazê xi-xi!"
-"Estou a terminar de comer. Pede à mamã para ir acender a luz que ela já terminou de comer."
-"Ah... Pode se, eu também gosto dela!"

12 julho 2007

Olha, vai ter com a tua mãe!

Foi o que me disse ontem, depois de lhe limpar as mãos e as unhas, que estavam em mísero estado, depois de ter andado a brincar e a fazer "bolos" no pinhal da escola. Fartou-se de reclamar durante a operação limpeza, na qual utilizei uma lima para lhe limpar a terra que não lhe saíu à volta das unhas, mesmo depois de ter estado quase 10 minutos com as mãos de molho.

Como reclamou tanto, enquanto ela limpava as mãos à toalha, comecei eu a limpar as minhas unhas, para lhe mostrar que eu também as limpava e não gritava como ela, pois não doía nada, quando ela se sai com esta:

-"Olha, vai te com a tua mãe que ela tata-te disso!"

Zangados e apertados...

Tenho reparado nesta semana que passou que as calças da Maria andam cada vez mais zangadas com os sapatos! Cada vez andam mais afastadas e menos cumplices. Devem ser as meias que se andam a meter na sua relação...;)
Não sei se é do calor do Verão, mas a criança deu nos ultimos tempos uma puladita valente e até os sapatitos deixam de lhe servir mais rapidamente. Ainda ontem, depois de calçar uns sapatos que ainda os tinha calçado perfeitamente a semana passada disse-me:
-"Ó mamã, eu não sei o que se está aqui a passae, mas os meus pés tão um bocadito apetaditos"
Claro que quando fui ver melhor, a unica solução foi tirar-lhos dos pés e escolher novo calçado.
Para a próxima semana têm consulta de rotina no pediatra e, vamos lá a ver as novas medidas da cachopa!

O João Henrique

Tão diferente da Maria... Tenho escrito mais acerca da Maria, pela simples razão de que ela interage muito mais connosco que o João que, continua preguiçoso e teima em não dizer mais nada que: ""nããão", "óuá", "papá" e "mãã". No entanto entende tudo, tudo e responde sempre com um valente e bem denunciado aceno de cabeça. Para a frente e para trás quando sim e, para os lados quando não (se bem que ultimamente quando é não, já manda um valente "Nããão"). Adora jogar com a bola e chuta sempre sempre com o pé esquerdo. Quando não há bola, e porque o avô passa a vida a ver a sporttv, põe-se em frente à televisão, a ver os jogos e fica a jogar sozinho e aos chutos para o ar. Quando o jogo é interrompido por algum motivo põe-se de cócoras à espera que recomece. Esta palhaçada toda no meio de muita risota claro está!!
Não gosta que se metam com ele, principalmente quando está ao nosso colo, se bem que depois das pessoas se afastarem, ele fique a olhar de lado, a sorrir, para provocar e voltem lá para lhe fazer uma brincadeira. É o nosso macaquito. Primeiro porque é muito malandrote e depois porque tenta imitar a irmã, em todas as palhaçadas que ela faz e quando ela começa a cantar.
Adora musica e bate sempre palmas e faz "ÉEHHH", no fim de cada musica (incluindo as musicas da igreja, durante a missa!)
A educadora diz que ele é muito "mula" e que ainda lhe vai dar muito que fazer: a ela e a mim, mas que é destes que ela gosta...Dos que dão luta! Aqui não sei se fique contente se fique preocupada... A Maria sempre foi mais calma e, mais fácil de dar a volta. Ele cisma, finca pé, faz birra e grita, quando o contrariamos. É um doce!!!

11 julho 2007

Ainda as Picadas

Não sei mais o que fazer, nem consigo descobrir o que anda a picar tanto a Maria. As marcas são cada vez mais, e ontem tenho a certeza que foi no infantário, pois de manhã durante a operação Fenistil até quase que fiz um mapa mental, da posição de cada picada. À noite, depois de lhe dar banho, lá estavam mais umas quantas nas mãos, barriga e axilas. A minha sogra viu na televisão a notícia de um mosquito que anda p'rái a fazer estragos. E pelas imagens que viu disse que se assemelhavam em tudo às picadas da Maria. Será? Hoje assim que a despir para o banho, quero ver se temos novas pintas.
A verdade é que lá no infantário só ela e a educadora é que apresentam semelhantes pintas. Será que só elas são alérgicas ao dito mosquito?
A ver vamos...

09 julho 2007

Sem conseguir ainda perceber como, a Maria cada vez tem mais picadas. Desta vez foi na zona do rabito e ainda mais na barriguita. Por duas vezes que lhe troco os lençois, mas ontem ficou a cama toda desmontada de manhã à noite depois de "borrifada" com mata-moscas, melgas e mosquitos. Parece que funcionou, pois hoje de manhã, não lhe descortinei nova pinta. Vamos lá a ver se é desta que os bichinhos largam a minha menina. Haja Fenistil...

No sábado foram ao corte. Levei-os à cabeleireira, para que ficassem mais fresquinhos. A Maria portou-se como uma autêntica senhora. Muito quietinha, sempre muito bem disposta, e obedecia a todas as indicações que a cabeleireira lhe dava. O Ique também se portou muito bem, apenas começou a ficar impaciente quando lhe estavam a cortar a franjita, mas de resto, foi um senhor!!!
(não sei o que se passa com isto hoje, mas não consegui por título. Em todo o caso é "Picada II")

06 julho 2007

Picada

A Maria anda toda picada das melgas. Nas pernas, na barriga, parece um Cristo... Tadinha da minha menina. Depois tem montes de comichão e coça-se todinha e quanto mais coça, mais comichão tem. Só tenho medo que ela se arranhe toda, por isso, ontem depois do banho, para que não fizessem estragos lá lhe cortei as unhas rentinhas. Depois foi besuntá-la de Fenistil para ver se aquilo acalma...
Hoje tenho aulas das 18 às 22h30. Lá vão eles ficar mais uma vez com os avós e com o pai. E mais uma vez, quando eu chegar a Maria vai estar à minha espera e o João já a dormir profundamente. Será que hoje vai ser diferente?

As nossas (verdadeiras) férias de Verão 2020

Uma vez que estávamos de praias fechadas e limitações nas deslocações pelo país pouco mais pudémos fazer do que ficar em Tanger. Para variar...