28 novembro 2007

Nem a propósito!

A manhã de ontem foi passada na Loja do Cidadão, pois agora, algum iluminado(a) lembrou-se de que as criancinhas, tinham que ter um Número de Beneficiário próprio, e lá fui eu para a dita loja, fazer:
- primeiro o registo nas Finanças, para obter o respectivo Número de Contribuinte
- de seguida, ala para a Segurança Social, fazer a mesma coisa, para "tirar" então o Número de Beneficiário, exigido no infantário dos meus filhos.

Dada a quantidade de pessoas que estavam à espera de ser atendidos, passei à vontade uma meia-hora sentada, á espera de ser atendida. Isto depois de ter ido tomar um cafézinho na Pasteleria do lado, e de ter ido ainda a outros dois balcões pedir informações... No total, demorei à vontade 45 minutos a ser atendida, mas, durante o tempo que lá estive sentada, estavam ao meu lado, duas senhoras, que pela conversa falavam de uma amiga comum. Então uma delas, contava á outra que tinha ido comer (não consegui perceber se almoçar, lanchar ou jantar) a casa dessa amiga em comum. Dizia então a senhora de que a amiga, lhes tinha posto uma mesa farta, onde não faltava nada, e que até estava tudo muito bom. "Olha, enfim, só para se armar em rica..." - Concluiu ela à amiga.

Parva fiquei eu com esta ultima frase! Então não é suposto, quando recebemos alguém, fazer os possíveis para que nada falte aos convidados, e que tudo esteja o melhor possível? Como é possível de que se visite alguém, só para ver o que a pessoa tem, ou o que a pessoa faz, e vir dizer semelhante coisa?

Desde que me conheço como gente, lembro-me que cada vez que tínhamos visitas lá em casa, de pernoitar algum fim de semana ou mais dias, os meus pais inclusivamente cediam o seu próprio quarto aos convidados, mudando-se eles de mala e cúia, para a sala e o respectivo sofá (não, não havia quarto de hóspedes...). E claro, que faziam para que nada faltasse, de modo a tornar a visita ou estadia o mais agradável possível. Podíamos nessa altura ter em casa coisas que normalmente no dia-a-dia não teríamos, mas nunca para "nos armarmos" em ricos...

Baralhadinha da cabeça foi como fiquei, e confesso que até um pouco surpreendida pois nunca me tinha passado pela cabeça semelhante coisa.

Conclusão: Dada a quantidade de visitas que temos tido ultimamente e, para evitar situações destas, meus amigos(as) preparem-se, pois cá em casa, a partir de agora só vai ser servida a bela sandes de courato, com a respectiva cervejinha. Uma mini, claro está!

1 comentário:

Rita Quintela disse...

Ainda bem que a nós ainda nos calhou a açorda!

As nossas (verdadeiras) férias de Verão 2020

Uma vez que estávamos de praias fechadas e limitações nas deslocações pelo país pouco mais pudémos fazer do que ficar em Tanger. Para variar...