24 setembro 2007

As socas

Anda completamente obcecada com as socas que uma amiga do infantário tem. No outro dia quando fui buscá-la disse-me:
-Não te vás embora, espera aí que quero mostrar-te uma coisa...
Vira-me as costas e passado um pouco aparece-me a arrastar a pobre da criatura por um braço, a apontar para os pés e a dizer:
-Tás a ver? Olha bem, que é umas destas que eu quero! Umas socas iguais a estas, que há no Feira Nova!


No dia seguinte, fui dar uma volta ao dito hipermercado para ver se tinham ou não e para meu descanso já estava tudo com a nova colecção. Quando os fui buscar ao infantário, pediu-me logo:
-Vá lá mamã, vamos ver se encontramos umas socas iguais ás da Salomé...

Expliquei-lhe que já tinha procurado mas que agora já só havia sapatos para aquecer os pézinhos do frio, e que até precisávamos de comprar umas pantufas ao João, quando me responde:
-Olha mamã, mas para os metros que ele faz, pode ser mesmo umas chinelinhas de enfiar no dedo!


E pronto, lá fomos, e comprámos para o João as pantufas (que ele detesta e anda sempre a tentar tirar dos pés) mais um fato de treino, e para a Maria, trouxémos um guarda-chuva da Dora que aceitou de bom grado trocar pelas socas que não haviam...

Não se percebe nada...

Sábado à tarde, no regresso do supermercado com a Maria, tocava na rádio "Big girls don't cry".
Eu trauteava, e ela tentava acompanhar a musica que tanto gosta, quando já no fim da musica, e um pouco baralhada me diz:
-Fogo, isto é tanto inglês que não se percebe nada!!

A razão...

É por causa deste livro que ando um pouco daqui afastada!
Confesso que sou um pouco viciada em livros, e quando começo um, (especialmente que me agrada) todos os bocadinhos livres são aproveitados para ler mais um pouco. E mais uma vez a regra se confirma.

Ontem à noite, já na cama com a Maria, ela pôs-se a apreciar o livro e perguntou:
-Onde é que estão os bonecos do teu livro?
-Não tem...
-E porquê?
-Porque os livros dos grandes ás vezes só têm letras, não têm bonecos.
-E estás a gostar?
-Estou!
-Então lê alto para eu também gostar...

12 setembro 2007

Dá para acreditar...

... que, de tanto consultar o site das Finanças, à procura de novidades sobre o reembolso do IRS, já sei a password, que tem um tamanho medonho, de cor e salteado?

Ai, crise, a quanto obrigas...

10 setembro 2007

A propósito...

...das minhas aulas em pós-laboral, hoje enquanto ia levar os meus meninos ao infantário, a Maria perguntou-me:

-Mamã? Tu hoje vais para a tua escola?
-Sim.
-E amanhã? Também vais para a tua escola?
-Também. Depois na quarta feira é que não vou...
-E depois?
-Depois já vou outra vez.
-Então mas agora vais passar a vida na escola?

O tanas é que eles não sentem a nossa falta!

O Regresso

Fim de férias... Início de Setembro... Regresso às aulas! Para eles e para mim!

Foi um misto de alivio e saudade! Por um lado, queria continuar com eles, gozar cada minuto do crescimento e do desenvolvimento deles que tanto gostei neste ultimo mês, mas ao mesmo tempo, numa casa nova com montes de caixas e sacos ainda por abrir e arrumar (que muitos ainda assim continuam). Sem contar com a preparação das minhas aulas. É impossivel prolongar este mês de Agosto durante mais tempo.


A semana que antecedeu o regresso ao infantário, foi de ansiedade por parte da Maria. Todos os dias de manhã me perguntava se era aquele o dia que ia voltar à escolinha para a sala dos grandes. Na noite de Domingo para Segunda, foi um castigo conseguir que ela fosse para a cama, tal era a excitação de voltar a encontrar os amiguinhos do ano anterior e os novos coleguinhas que iria ter.


Segunda feira de manhã! Tão diferente do que foi o ano passado... O seu verdadeiro primeiro dia de escolinha... Foi o pior mês e meio da minha vida. O tempo que ela demorou a habituar-se a estar na escola e que ficou sem verter uma unica lágrima. Nos dias que antecederam este dia eram para mim um verdadeiro tormento, sair pela porta fora e ouvir o choro dela até fechar a porta do carro e ligar o rádio. E quantas vezes fiquei ali, parada a ouvir quando se calava... Houve algumas vezes também, que contra a vontade da educadora, quando via que ela demorava demais a acalmar, eu voltava para trás, ia conversar com ela e só vinha embora quando ela resignada, lá aceitava dar-me um sorriso, e ficava a ver-me sair novamente, com as lágrimitas a escorrerem cara abaixo, em silêncio...

O pai, por vontade dele, ela não ia mais para o infantário. Achava cruel demais fazê-la passar por isso. Havemos de arranjar alguma outra solução, dizia ele, mas eu sabia que mais tarde ela havia de gostar da escola, e como ela gosta hoje em dia...

Por isso, lá ia eu... Levá-la todos os dias pois, se o Ivo a visse chorar como eu vi, era incapaz de a deixar, e nunca mais a levava...


Este ano, foi com uma vontade enorme, ansiosa de conhecer a nova salinha, onde iria ter colegas até aos 5 anos. Os grandes! E que bem que me soube ser ela a virar-me as costas e vê-la ir brincar com os "velhos" e "novos" amigos. Sem choro, sem tristeza, sem drama!


O João entrou para o infantário o ano passado em Outubro, quando teve vaga. Tinha 8 meses e meio... A sua adaptação não custou tanto como à Maria, mas também durante duas semanas só o deixei ficar até depois do almoço. A sesta vinha fazê-la a casa, com o avô. Passado esse tempo a educadora disse-me que podia deixá-lo mais tempo, que ele já estava completamente integrado. E integrou-se muito bem...
Na segunda feira passada, tal como a irmã, lá ficou, entretido, e também foi ele que me virou as costas e saltou para o colo da educadora.


E para que fique o registo aqui estão eles todos contentes a sair de casa, para o regresso à escolinha!



Balanço

Definitivamente esta coisa que se chama "tempo" e que controla todos os nossos afazeres, não tem abundado muito por estes lados, daí a falta de um registo decente das férias dos meus meninos. A verdade é que estas também não foram umas férias como as outras. Foram um pouco diferentes... Tiveram que ser diferentes! Por várias razões, mas isso agora também não interessa nada. O que importa é que no final de tudo, penso que se divertiram e o mais importante foi o tempo que passámos juntos (ainda tenho que escrever um post sobre este tema...).

Os dias tiveram sempre coisas que os ocupassem. A manhã (nas 3 semanas de férias do papá) era ocupada com as idas à praia. Estas idas eram bem aproveitadas quando se podia. Dias houve em que o vento era tanto que, ou nem conseguiamos por o pé na areia, ou depois de tantos:
-Óh vá lá papá! Tu montas o páróvento e o párósol e a gente fica lá a brincar só um bocadito!!!
lá íamos para detrás da barraca para que eles brincassem um pouquito!

Ora apreciem só a pose, na esplanada, num dos dias em que o vento era mais que muito! Repararam no casaquito vestido???

Nevoeiro...Também tivémos direito! Devia fazer parte do pacote.

Mas divertiam-se imenso com o "Jogo da Toalha" que o papá fazia!!!


Á tarde, depois da sesta ou iam um pouco ao parque infantil, ou um bocadinho à piscina cá da aldeia... Sim que moramos no campo, na aldeia, mas temos uma piscina toda catita para nos refrescarmos!



Também passeámos. Fomos fazer um passeio ao Norte. Fomos a Vila Real, passámos pela Régua e pelas lindas Vinhas do Douro...

Linda paisagem não? Pena a fraca qualidade da foto, tirada em andamento, mas... não se pode parar na Auto-Estrada...



Depois fomos também a Amarante. Os pastéis são demais... E o Convento de S. Gonçalo, lindo lindo também!


É ou não é?


E o melhor de tudo, é que puderam passar muito tempo, com a avó Mimi que mora longe e só pode estar connosco de tempos a tempos!


04 setembro 2007

Confissões

A Maria, em conversa com uma amiga minha, domingo à noite, enquanto lhe mostrava fotos e trabalhos do infantário:
-Sabes, este menino aqui, o Ricardo, era meu namorado, mas agora já não é.
-Ai não? Então porquê?
-Olha, porque anda sempre ranhoso, e não gosto lá muito de beijos com ranho! Agora o meu namorado é o Ruca que também é meu amigo.
-Então e porque escolheste o Ruca?
-Então, dá-me mais jeito falar com ele...

As nossas (verdadeiras) férias de Verão 2020

Uma vez que estávamos de praias fechadas e limitações nas deslocações pelo país pouco mais pudémos fazer do que ficar em Tanger. Para variar...