Na semana passada combinei, com a minha vizinha, uma jantarada lá em casa. Não que eu goste muito de grandes confianças e andar sempre em casa umas das outras, mas eles são tão simpáticos, que achei que seria engraçado de vez em quando encontrarmo-nos assim, até porque eles também têm filhos (3 filhos lindos) e acho que é importante proporcionar aos miudos contacto com os vizinhos para que eles possam brincar e conviver com eles.
Então a coisa deu-se no sábado passado e, de facto foi uma noite bastante agradável, onde contámos montes de histórias antigas de cada um e de certa forma para nós, foi um reviver o passado, os "bons velhos tempos". E serviu também para que nos conhecêssemos melhor, uma vez que não nos conhecíamos, até à data em que começámos a construção da casa.
Mas voltando ao assunto referido no título, quando os nossos vizinhos chegaram, eu lá andava de volta da mutilação de umas folhas de alface, o João e o Ivo estavam ali na sala, e faltava a Maria, que pensava eu, estava no quarto dos brinquedos. Chamei, chamei, chamei, e...nada. "Só pode estar a fazer asneiras" pensei eu... E fui pelo corredor fora, com o saco das cenouras na mão (tinha-o acabado de tirar do frigorífico) e vou dar com a senhora, na casa de banho do nosso quarto, em frente da sanita, de tesoura em punho a cortar o seu próprio cabelo!
Fiquei em estado de choque! Não pelo estrago feito à própria figura (tinha cortado só 3 mechas de cabelo, que nem se nota) mas pelo que poderia ter acontecido se em vez de cortar cabelo, tivesse cortado outra coisa qualquer... Só lhe perguntei: "Que estás a fazer Maria?", e ela diz-me logo, com a voz mais meiguinha do Mundo: "Desculpa mamã..."
Seguiu-se o sermão, com o que poderia ter acontecido, blá, blá, blá... e ela percebeu.
O episódio terminou com o Ivo, ao pé de nós, a olhar para o saco as cenouras em cima do autoclismo e a perguntar: "O que é que isto está aqui a fazer?"
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