Tenho andado um pouco angustiada (não sei bem se será angustiada, se incomodada, bem... inquieta...). Isto porque ando preocupada com o meu sobrinho. Depois do que passou quando a casa explodiu, começa agora a manifestar os seus medos; a acordar a meio da noite a gritar, pois estava a sonhar com o incêndio, tem receio de ir tomar banho porque:
-"Quando abro a torneira, fico com um arrepiozito..."
-"Quando abro a torneira, fico com um arrepiozito..."
Ontem foi a uma psicóloga... Tenho esperança que o consiga ajudar. A ver vamos...
Penso também na pequenina Maddie que desapareceu no Algarve. Rezo para que esteja bem, mas penso sobretudo no que aquela criança, com apenas 3 anos (a idade da Maria, que para mim continua a ser um bebé), estará a passar. Sem o pai, a mãe, os irmãos, no meio de gente completamente estranha. Sem a rotina e os mimos a que estava habituada... Angustia-me verdadeiramente estes pensamentos. Tento não os transpor para a minha filha, mas não me consigo abstrair completamente, e penso:
-"Se tivesse acontecido com a minha menina, quem lhe daria o biberão com o leitinho de manhã e à noite? Como se sentiria sem as minhas cantigas de que ela tanto gosta, e pede para que eu repita outra e outra vez? Como suportaria as saudades, minhas, do pai e do irmão? As saudades dos avós, da Tita, dos amiguinhos do infantário? E tantas outras coisas..."
Na realidade estes acontecimentos das ultimas semanas, deixaram-me em completo desassossego. Espero por melhores dias, e que a Maddie apareça.
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