29 maio 2007

Foi por causa...

... de um derrame que a Maria tem no olho direito, desde quinta feira passada, que ontem fomos ao Hospital. Ao de Aveiro, que ao de Águeda fui uma vez, por engano e, onde me perguntaram, se achava que o hospital era sitio para levar um bebé de 4 meses, que "só" estava com a cara completamente encarnada e inchada, depois de ter comido a primeira papa! Está bem que eu nem sou mãe de primeira viagem, e sei que corremos todos o risco de apanhar qualquer coisa má nos hospitais (sei-o também por experiência própria, que já lá apanhei uma gastroenterite), mas havia sempre a hipótese de a criança me ter feito algum tipo de alergia à papa. Mas pelos vistos isso era apenas um pormenor sem importância para a médica que observou o João Henrique. É porque não era com o filho dela, senão eu queria ver...

Ao princípio ficou quieta ao meu colo, envergonhada. Com o tempo de espera (que é sempre uma eternidade) foi ficando destemida, e quando dei conta, já tinha jogado com uma bola improvisada, feita de toalhas de papel; já tinha brincado à roda, e estava naquele momento a chamar o André (um menino também à espera, quase com o dobro do tamanho dela) para "a mamã".

Só me apercebi da brincadeira, quando reparei na mãe do André a rir à gargalhada. Dirijo o meu olhar para a minha Maria, e lá estava ela, de braços esticados:
-"Vá Andé, vem à mamã, vem? Anda pó meu colito, anda , anda?"

Passado uns minutos o entretenimento passou para o lado musical. Na minha tentativa para que se acalmasse e, parasse de andar aos pulos no meio das outras crianças, mais aflitas e prostradas sugeri que fosse cantar uma cantiguinha à menina que estava sentada ao meu lado... O que eu fui fazer...Só faltou cantar o Malhão. Parecia um programa de discos pedidos,e ela no seu melhor a dar o espectáculo musical. Felizmente fomos chamadas ao fim da sexta cantiga.

Já no consultório começou o peditório de luvas, pois sempre que foi ao hospital, ofereceram-lhe uma luva. Foi observada e limparam-lhe o olho. Felizmente não tinha nenhuma lesão. Chorou no meio disto tudo, pediu "a pêpê" , agarrou-se a mim e eu agarrei-me a ela. Depois da consulta, e enquanto lhe vestia o casaco (que este tempo não há maneira de aquecer de vez...) pergunta:
-"E então? Quando é que vamos ao raio X?"*
Se entretanto não houver melhoras, quinta feira de manhã, estamos lá outra vez...


* Por acaso, das ultimas vezes que foi às urgências houve necessidade de fazer radiografias. Agora tem a ideia que sempre que vai ao hospital, faz um raio x.

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Uma vez que estávamos de praias fechadas e limitações nas deslocações pelo país pouco mais pudémos fazer do que ficar em Tanger. Para variar...