O início de um novo ano lectivo e o regresso à escola não foi lá muito pacífico. Da parte do João correram lindamente os dias em que voltou para o ambiente, os amigos e a educadora dele. Bem disposto, sem birras, sem choro, sem nada. Apenas um abraço, um beijo, e toma lá a chupeta que aqui não preciso dela! Até ao dia em que, por razões profissionais minhas e do I. tiveram que ser os avós a levá-los à escola. Dizem-me depois que ficou a chorar um bocadinho... Quando vou novamente levá-lo, sou informada pela educadora que fica alterado, e nem o almoço corre tão bem. Ele que é o menino que não dá absolutamente trabalho nenhum à hora da refeição pois come bem, tudo e sozinho! Quem dera que fossem todos como ele, dizem-me elas. Mas não nos dias em que são os avós a levá-lo. A sensação de que vai deixar o avô e tudo o que quer fazer, sem ninguém o impedir, deixam-no assim... sem vontade de ficar na escola.
A Maria, foi muito bem os primeiros dois dias. Depois, ainda em casa começava a choradeira, que não queria ir para a escola, que queria ficar comigo, que ia sentir muitas saudades minhas e do pai, que não, que não, que não... Depois lá entrava no carro sempre com os olhos razos de água, e repetindo sempre: "Mamã, és tão linda. Vou sentir tantas saudades... O tempo custa tanto a passar..." Cortavam o meu coração estas palavras, no entanto sabia que não devia vacilar, que não podia voltar com ela para casa... Se há dias que poderia ficar com ela, há também os outros que não, não posso ficar com ela, e não pode deixar de acompanhar o ritmo do infantário... E vieram então os tais dias, que foram os avós a levá-los. A partir daí não havia menina. Além de não ficar a chora, portava-se lindamente todo o dia.
Enfim, as diferenças entre eles existem e cada um reage de maneira diferente às mesmas situações... Como se costuma dizer; "Temos cinco dedos em cada mão e nenhum é igual ao outro...
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