Acho que toda esta incerteza acerca do nosso país, aliada á situação do meu quase desemprego iminente desta vez deram cabo de mim. Sinto-me quase quase lá em baixo, mesmo assim, coladinha ao tapete. Mas depois olho para eles, e penso que não, que não pode ser, que eles merecem muito mais que isso. Muito mais que uma mãe pequenina, mais pequenina que eles, lá em baixo coitadita, enroladinha no tapete. E então levanto-me, e abano a cabeleira e incho o peito e meto e dou a cara à luta, que se assim não for, então tudo deixa de ter sentido. E rio, e saio, e falo, que isso liberta a alma, e estes momentos de calma e descontração, afastam a nuvem negra por instantes, e deixam-me ganhar fôlego para mais uma jornada.
E desta forma no fim de semana que foi tão grande, há uma semana atrás, aceitámos o pedido/convite do tio A. e antes de ele e a N. regressarem ao Brasil, fomos mostrar um pouco do nosso país à N. De maneira que fomos, sem pressa, sem hora de chegar, e sem destino marcado à saída. Conforme a viagem fosse correndo logo decidíamos o próximo destino. E começámos em Fátima, seguimos para Lisboa, Cascais, Estoril, Sintra (onde lanchámos), Ericeira e terminámos o dia em Peniche, com um belo jantar. Ela encantada com o que apenas conhecia da televisão e das novelas, e nós satisfeitos por rever sítios de que tanto gostamos e tão boas lembranças nos trazem de outras viagens que eram feitas anualmente, mas que tiveram que passar a ser meros planos e a não passar do "Havemos de lá voltar". E nesse dia regressámos a casa estourados, mas felizes. Passados dois dias, e a pretexto de ir visitar uma amigo internado em Barcelos lá fomos novamente de viagem, mas não sem antes passarmos em Arouca e atravessar a Serra da Freita que continua a ser tão linda e tão genuína.
Este fim de semana foi dedicado à família, com a visita da minha mãe e do Tó e da melhor amiga, e com ela veio não só mas também a melhor amiga da minha filha...
E depois o sábado à noite, a visita, as conversas e a pena de as horas terem passado tão depressa e agora temos mesmo que ir... No domingo, o rally paper a que não fui desta vez, mas que acompanhei à distancia de vários telefonemas e, a despedida. A despedida de quem parte já amanhã para o Brasil até não sabemos quando, a despedida da avó que voltou para a Covilhã, e a despedida da madrinha que voltou para Benavente... Até breve e se antes não for até ao S. Martinho para a entrega dos prémios...
2 comentários:
Os amigos e a familia são o que nos faz dar a volta por cima. Nós as duas já passamos por muito. E de certeza que também vamos dar a volta por cima. Se não for à bofetada é ao pontapé, mas vamos virar a mesa, Guida. Vamos virar a mesa. E sorrimos, e inchamos o peito porque somos da matéria de que se fazem os lutadores. As nossas mães não nos criaram para sermos ratos de porão. Por isso, força! beijo
Um grande beijo para ti também Sandra, que infelizmente também sabes tão bem o que sinto neste momento. Obrigada pela tua força e é isso mesmo! Vamos virar a mesa, e se não for ao pontapé é ao bofetão.
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