Ontem fui levar umas coisas ao meu costureiro para arranjar e no caminho encontro um rapaz numa moto parado e a olhar para o telemóvel, com ar meio perdido. Quando me aproximei, vi pela matricula que era portugues e fui falar com ele, oferecer ajuda.
Ficou muito espantado por encontrar uma portuguesa em Tanger mas disse-me apenas que estava à procura de umas bombas de gasolina da Shell.
Mostrei-lhe onde eram as bombas, que por sinal são mesmo em frente da minha casa, e segui caminho.
Já passei por esta mesma situação outras vezes e infelizmente a reação é sempre a mesma:
- Ah! Uma portuguesa. Está tudo bem obrigada, não preciso de nada!
Tudo bem que eu também não queria contar toda a minha vida aos portugueses que encontro em Marrocos, mas se fosse comigo acho que faria um monte de perguntas, de como era viver num pais que não fosse o meu, especialmente com uma cultura tão diferente. Viver mesmo, não conhecer o país em modo turista. Gostava de saber a relação intercultural, a integração num país muçulmano, as vivências com os costumes do país, eu sei lá...
Mas não! Uma vez no barco, na fila para carimbar os passaportes, ao ouvir falar portugues pedi licença em portugues, pois precisava de passar e nem me responderam.
Talvez o defeito seja meu, com esta minha veia de Madre Teresa de Calcutá!
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