No domingo passado não queria acreditar o que o ecrã da televisão mostrava... quatro meses depois da grande tragédia de Pedrógão Grande, Portugal passou por mais outra tragédia em que mais 44 pessoas perderam a vida...
E pouco a pouco a comunicação social ia relatando e divulgando imagens, locais e numeros onde a tragédia se tinha feito sentir mais. E era tanta informação, tantos casos, e o numero de mortos cada vez a aumentar mais...
Já aqui contei a nossa experiência, que não foi absolutamente nada comparado com o que se passou no domingo, mas que me deixa completamente angustiada ao ver as imagens do inferno que se transformou o meu país naqueles dias. E mais angustiada e triste fiquei ao saber que uma amiga minha também tinha sido afectada pela tragédia...
Fiquei mesmo triste quando ela me confirmou que sim, que uma das suas empresas tinha ardido por completo. E se eu já admirava a minha amiga Lucilia, depois de ter passado a maior das dores, há seis anos atrás, passei a admirá-la ainda mais pela força e coragem mostrada agora com esta situação quando me escreveu:
"Estamos de saude que é o mais importante e com menos uma empresa que ardeu. Mas a vida é assim... Vamos ao trabalho"
A ministra já se demitiu, a moção de censura já foi apresentada, mas o que realmente gostava era que nada disto tivesse sido preciso, pois nada disto vai devolver a curto prazo o trabalho aos 140 funcionários da minha amiga, nem as casas, nem os animais às pessoas que tudo perderam, nem tão pouco a vida aos que infelizmente não tiveram como escapar do monstro que tomou as aldeias e cidades de grande parte do meu país.
Espero, mas espero mesmo que se faça uma reflexão muito séria de todos estes acontecimentos e gostava que todos os partidos se unissem no sentido de encontrar politicas de prevenção exequíveis, de forma a que nenhuma vida mais fosse sacrificada, em vez das acusações e aproveitamentos políticos que ainda ontem assisti no debate directo da Assembleia da Republica. Trata-se da vida das pessoas caramba!!! Esta situação é devida a erros atrás de erros inflinjidos pelos governos de pelos menos das ultimas duas décadas. Então não fujam às suas responsabilidades, todos os partidos e unam-se no sentido de encontrar soluções que protejam as pessoas, propriedades e animais, sejam eles domésticos, sejam selvagens que habitam as nossas florestas!
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