20 maio 2008

Adeus querida

Foi mais que uma mãe, amiga, confidente, companheira, e porto de abrigo da minha melhor amiga, e tive a sorte de tê-la como minha amiga. Tinha sempre uma palavra de incentivo para dar, e ainda me lembro dos lanches que nos preparava, quando saíamos das aulas, no liceu. Preocupava-se com todos nós e quando ficava algum tempo sem aparecer lá em casa, perguntava logo se se passava alguma coisa comigo. Ainda me lembro da sua felicidade, do seu sorriso, quando fui apresentar-lhe a minha filha. Os anos passaram e trouxeram as maleitas próprias da idade. A ultima vez que a vi, há cerca de mês e meio, estava doente, achei-a muito frágil. Nem quis ir connosco comemorar o aniversário da "sua menina". Melhorou entretanto, disse-me a minha amiga, mas a semana passada, o destino levou-a de nós. Fiquei triste e teho a certeza de que irei sentir saudades dela, pois fez parte da minha adolescência, mas no fundo sei, que assim foi melhor, pois os tempos que se avizinhavam iriam trazer-lhe muito sofrimento. No sábado, fui despedir-me dela. Vou guardá-la para sempre na memória e no coração. Adeus querida Dora, até sempre.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu sou a menina que teve o previlégio de ter como companheira inseparável durante 32 anos a melhor mãe do mundo. Quero acreditar que não perdi, que ganhei ainda o facto da menina que tb já tenho ter tido esta avó durante 2 anos. Onde quer que seja estarás sempre aqui ao pé de mim.

As nossas (verdadeiras) férias de Verão 2020

Uma vez que estávamos de praias fechadas e limitações nas deslocações pelo país pouco mais pudémos fazer do que ficar em Tanger. Para variar...